Com encontros iniciados em setembro e seguindo até o próximo mês de novembro, o projeto “Escola da Banana”, do Sebrae, realiza atividades nos municípios de Valença, Teolândia e Wenceslau Guimarães, no Baixo Sul da Bahia. O objetivo da iniciativa é apresentar, discutir e transferir conhecimentos e tecnologias sobre o cultivo de banana tipo terra, desde as exigências edafoclimáticas, que são relativas ao solo e ao clima, até a colheita e comercialização do produto. O projeto tem deixado produtores animados.
A abordagem da Escola da Banana prioriza inovações, tendências e desafios do segmento contribuindo para o desenvolvimento da região. Cada turma é formada por 25 produtores. Os encontros são divididos em duas etapas. No turno da manhã, o especialista apresenta conteúdo teórico em sala de aula e no período da tarde a atividade continua no campo para reforçar o conteúdo apresentado.
“Essa ação é fundamental para os produtores da região porque promove a troca de conhecimentos essenciais sobre o cultivo de banana, fortalecendo a capacidade produtiva local. Ao abordar inovações e tendências, os encontros visam não apenas otimizar o manejo da cultura, mas também fomentar o crescimento sustentável e a competitividade da região no mercado”, destaca o analista do Sebrae em Santo Antônio de Jesus, Luanildo Silva.
Morador do povoado de Orobó, em Valença, José Cláudio Santana participa do ciclo formativo e está entusiasmado com as aulas. “Eu planto banana em pequena escala e já passei por muitos problemas desde a questão do preço até a comercialização, porque a gente planta, mas na hora de colher e cortar o produto para comercializar, às vezes não encontramos preços bons que compensem o trabalho e o investimento feito. Minha expectativa com a Escola da Banana é de aprender mais e obter o conhecimento necessário para a produção e comercialização para escoar nosso produto para outros lugares tirando os atravessadores do nosso caminho, que é quem acaba levando boa parte do lucro, nos explorando”, conta.
Ainda, segundo José Cláudio, os desafios são muitos, como as pragas que aparecem na plantação. “Isso ainda é um desafio para nós porque existem alguns tratamentos, mas precisamos fazer com continuidade, fator que encarece o investimento”, acrescenta.
Também de Valença, José Veloso destaca como principal desafio a falta de informação e conhecimento com relação ao mercado e espera concluir o curso conhecendo as tecnologias, sobretudo no que tange ao controle de pragas, adubação e com uma leitura ampla do mercado.
“A experiência com o projeto Escola da Banana tem sido extraordinária. Tivemos a oportunidade de discutir as tecnologias, ter uma visão geral do projeto. Já fomos a campo, vimos os problemas nutricionais e o impacto dos erros da falta de nutrição. Pudemos avaliar e conhecer bem os impactos da perda de produtividade e de lucratividade que os produtores têm. Estamos construindo um conhecimento muito positivo sobre a importância do domínio da tecnologia e o compromisso em fazer bem feito para evitar que prejuízos sejam gerados aos agricultores”, conclui Veloso.

