A forma de produção agropecuária feita no Brasil, e que alimenta o mundo inteiro, é amplamente sustentável. A agricultura em solo brasileiro é regenerativa. “Com essa ‘revolução verde’, o Brasil tem a oportunidade de diferenciar tudo. Nossa agricultura fixa carbono no solo durante o processo produtivo, melhorando a qualidade dele. Então é preciso aproveitar essa característica e o produtor tem que aprender sistemas ambientais para obter soluções lucrativas”, afirma o ex-ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
Ele marcou presença na e-Agro, que acontece no Centro de Convenções de Salvador, com a palestra “Desafios e Oportunidades do Agro Brasileiro para o Mundo”. “O Brasil tem 66% do território protegido por vegetação nativa e 50% disso está em área privada. Então, consumir produtos brasileiros, pela particularidade do solo nacional, significa contribuir com a biodiversidade do país e do planeta”, destaca Leite. Enquanto esteve à frente da pasta de Meio Ambiente, ele implementou políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de gestão de resíduos e reciclagem, saneamento, energias renováveis, educação ambiental, mobilidade e logística sustentáveis.
Durante a apresentação, Leite enalteceu as potencialidades do Brasil em relação ao desenvolvimento do agro, como o nível de solo, da água e recursos naturais abundantes. “Há espaço para aumentarmos os índices de competitividade e crescermos ainda mais no que diz respeito à produção agrícola e pecuária, aderindo às tecnologias ambientais, desde a matriz energética, da produção de alimentos e combustíveis, assim como máquinas e equipamentos apropriados para atender às urgências climáticas que estão sendo acordadas no mundo”, destacou.
O apicultor José Góes, acompanhou a palestra de Joaquim Leite, e acredita que vai retornar à Nordestina, a 340 km da capital baiana, com a cabeça mais arejada, cheia de ideias e perspectivas. Há 12 anos ele está à frente da Fazenda Mandacaru, produzindo mel para diversos estados brasileiros. “O manejo do solo é fundamental para a apicultura e essa apresentação trouxe novas possibilidades para o desenvolvimento do nosso trabalho no interior, mas também a certeza de que estamos atuando no caminho certo, valorizando nosso maior ativo, que é a terra”, disse.

e-Agro segue até sábado (9)
A e-Agro é promovida pelo Sistema Faeb/Senar e pelo Sebrae e conta com patrocínio da Neoenergia Coelba, Syngenta, Aiba, Abapa, Banco do Nordeste, Guebor, Sistema Fieb/Senai/Cimatec e Sistema Fecomércio-BA e o apoio do Banco do Brasil. O evento, que segue até sábado (9), é gratuito e a programação completa pode ser conferida em https://www.eagrodigital.com.br/. Empreendedores com CNPJ, DAP, NIRF, CAF, registro de pesca e carteira de artesão têm acesso também às palestras e capacitações. Já o público geral pode conferir as áreas de exposição e as atrações culturais durante todos os dias do evento.
A e-Agro conta ainda com uma ampla programação cultural, praça de alimentação, espaço de artesanato e arena tecnológica. A primeira edição do evento foi realizada em Vitória da Conquista, em 2019; uma edição digital, em 2020; e em Teixeira de Freitas, em 2021. Essa é a terceira edição consecutiva realizada em Salvador. Nas quatro edições presenciais anteriores, o evento já recebeu mais de 40 mil pessoas, gerou mais de 100 milhões de reais em negócios e teve participação de 200 expositores, além de ter gerado mais de 700 mil reais em mídia espontânea.
SERVIÇO
O quê: e-Agro 2024
Quando: de 7 e 8 de novembro, das 13h às 22h; e 9 de novembro das 12h às 21h
Onde: no Centro de Convenções de Salvador, Boca do Rio, Salvador (BA)
Inscrição gratuita: https://www.eagrodigital.com.br

