O Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Minas e Energia ocorreu na manhã desta terça-feira (27), no Centro de Convenções da Bahia, com a realização 2° assembleia ordinária 2025. O evento reuniu secretários estaduais, instituições públicas e privadas para discutir o futuro das energias minerais do país. Presente ao fórum, o Sebrae Nacional, por meio da coordenadora Nacional de Energia e Mineração, Juliana Rodrigues, apresentou as estratégias e diretrizes do Sistema Sebrae para o setor de energia e mineração.
A coordenadora apresentou, inicialmente, a estrutura de atuação do Sistema Sebrae de Energia composta pelo Polo Energias Renováveis, no Rio Grande do Norte; Polo de Óleo e Gás Onshore, na Bahia; Polo de Petróleo e Gás Offshore, no Rio de Janeiro. “Trabalhamos com a energia porque tem a participação de pequenos negócios em toda sua cadeia de valor. Além disso, temos a pauta de energia por ser um insumo estratégico”, explicou a coordenadora.
Segundo Rodrigues, a pesquisa Pulso, realizada pelo Sebrae, apontou que, desde a pandemia, foi constatado que a energia é um dos pontos críticos para os pequenos negócios. “Então, a eficiência energética é um assunto caro para nós e as oportunidades de lidar com esse insumo estratégico também”, disse.
No que diz respeito à descarbonização, Rodrigues apontou avanços relacionados ao tema. “Temos a jornada de descarbonização em parceria com o SenaiI. Hoje está concentrada na região de São Paulo, e deve ser nacionalizada nos próximos meses. As grandes discussões climáticas têm nos oferecido a oportunidade de levar esse assunto para os pequenos negócios e também a jornada de descarbonização, com o território carbono neutro, que é a identificação da prontidão dos planos de adaptação nos territórios. Isso faz com que a gente trabalhe com os territórios no sentido de melhorar suas capacidades e o ambiente de negócios, visando as pautas do clima”, afirmou.
Numa parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), levantou-se a demanda de legalização e formalização de pequenos negócios na cadeia da mineração. Com a parceria, assinada em novembro, haverá um tratamento de pequenos negócios que trabalham com areia e brita, a fim de apoiar a formalização e licenciamento desse grupo. Os remineralizadores terão uma atenção na exploração de calcário e a necessidade de formalização também, para que esse grupo possa se desenvolver. Sobre os minerais críticos, também se encontrou a necessidade da inserção de pequenos negócios, além de trabalhar a pauta da sustentabilidade e o fortalecimento da cadeia. “Fizemos um levantamento, ano passado, mesmo sem parceria, e atendemos 3.600 pequenos negócios. É um grupo que usa o serviço do Sebrae de emissão de notas fiscais e atendimento”, disse.
Com a experiência adquirida na atuação no setor de óleo, gás e energia, Rodrigues explica que é necessário, inicialmente, apoiar as pequenas empresas a nível de gestão. “Trouxemos essa curva de aprendizado para o setor de mineração, trabalhando em inovação na cadeia, o desenvolvimento da cadeia de fornecedores. Mas, hoje, esse grupo tem a necessidade de apoio no nível empresarial, de portfólio, a fim de trabalhar as questões de formalização, desenvolvimento, base de governança, conexão com ecossistema local de inovação, acesso a crédito e a criação de oportunidade de diferenciação no mercado, em relação à indicação geográfica, com o Sebrae Origens”, explicou.
Compuseram a mesa o secretário de Infraestrutura da Bahia; Sérgio Brito, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação; André Joazeiro, o chefe de Gabinete da Secretaria de Meio Ambiente da Bahia; André Ferraro, o presidente da Companhia de Gás da Bahia; Luiz Gavazza, o secretário Executivo do Fórum Nacional de Secretários; Antônio Rocha, o presidente do Fórum Nacional de Secretários e também secretário de Energia, Mineração e Gás do Amazonas; Ronney Peixoto.
O secretário de Infraestrutura, Sérgio Brito, falou sobre a relevância do evento. “O fórum reúne os principais agentes públicos e privados dos setores de energia elétrica, petróleo, gás e mineração de todo o Brasil. Encontros como esse permitem alinhar estratégias e construir soluções conjuntas que fortalecem a segurança energética e a sustentabilidade do desenvolvimento nacional”, afirmou.
Ao longo da manhã foram feitas apresentações de temas, como Atlas Nacional da Transição Energética, Data Centers no Brasil, Competitividade da indústria de fertilizantes a partir da mineração, plataformas georeferenciadas de infraestrutura energética, outros assuntos.

