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Apaixonado por jogos eletrônicos desde criança, João Silva, 29, era uma dos mais atentos na arquibancada da Arena Gamepólitan BTX durante a apresentação de Árida 2, na tarde deste sábado (4), no Centro de Convenções. “É inspirador e encorajador porque ele mostra que é preciso superar vários desafios e dificuldades, mas é possível desenvolver jogos aqui na Bahia. Isso é muito importante para a geração atual de desenvolvedores acreditar, de verdade, que dá pra seguir em frente e concretizar sonhos”, afirma o designer gráfico.
Com previsão de lançamento em 2026, Árida 2: Rise of the Brave, é a continuação de uma história de aventura e sobrevivência em pleno sertão brasileiro. Para o COO da Aoca Game Lab, Victor Cardozo, a continuidade da saga de Cícera, amplia a possibilidade de produzir jogos eletrônicos no Estado. “O Árida 1: Backlands Awakening mostrou que dá para trabalhar com conteúdos regionais e de forma comercial e global. Agora, mais do que inspirar outros desenvolvedores, queremos compartilhar essa jornada em conjunto e apresentar os talentos e o crescimento da indústria na Bahia”, ressalta.
Wendell Freire é desenvolvedor de gamers e também esteve presente à 14ª edição da Arena Gamepólitan. Ele valorizou a força do Estado na produção de jogos eletrônicos no Brasil. “O Árida 2 já é um marco no desenvolvimento de jogos na Bahia. Um jogo grande, com design baseado nos maiores da indústria mundial, e isso é ótimo, porque nos deixa orgulhosos como conterrâneos e reforça a certeza de que o mercado existe na Bahia e é possível expandir cada vez mais”, aponta.
Para o coordenador de Negócios Inovadores do Sebrae Bahia, Tauan Reis, o sucesso do game é algo gratificante para o empreendedorismo baiano. “O Árida 1, até então, é o game baiano de maior repercussão nacional e internacional, tendo conquistado prêmios nacionais e até internacionais. É o nosso jogo de maior repercussão. Então, a contatação de um produto baiano como referência nacional é muito relevante para o Sebrae”, pontua.
Jogo
Árida 2 traz a continuação da história de Cícera. Ela é uma garotinha de apenas 13 anos que precisa encontrar pistas e recursos para superar as regiões mais inóspitas e, assim, completar a emocionante viagem rumo ao histórico povoado de Canudos, no sertão da Bahia. O jogo, repleto de histórias tocantes, é um game single player que mescla elementos de adventure, exploração e sobrevivência.
É um game rico em histórias reais, mergulhado em aspectos culturais, e isso oferece identificação e representatividade ao público. O jogo apresenta o legado de um povo através de memórias daqueles que vieram antes. “O game fala sobre resiliência e a força de se encontrar em meio a perdas. Além de crescimento humano, desenvolvimento e maturidade em busca de sonhos”, explica Cardozo.
