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A Semana Internacional do Café (SIC), realizada entre os dias 20 e 22 de novembro em Belo Horizonte, foi palco de um marco histórico para a cafeicultura da Bahia, com a entrega do certificado de Indicação Geográfica (IG) da Chapada Diamantina, na modalidade Denominação de Origem (DO). O reconhecimento, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), reforça a singularidade e qualidade do café produzido na região, abrindo portas para novos mercados e agregando valor à produção local.
A entrega do certificado contou com a presença da presidente da Associação Aliança dos Cafeicultores da Chapada Diamantina (AACCD), Tedeane Pires Matos, que celebrou a conquista, agradecendo o apoio recebido pelo Sebrae. “Esse registro é um divisor de águas para o café da nossa região. Ele destaca não apenas a excelência do nosso produto, mas também o compromisso dos produtores com práticas sustentáveis e de qualidade”, afirmou a produtora.
Segundo o representante do INPI, José Renato Carvalho Gomes, que esteve presente durante a cerimônia, a conquista da certificação é uma ferramenta indispensável para o fortalecimento das identidades regionais e a expansão de mercados. ”Agora a Chapada Diamantina tem esse selo que traz inúmeros benefícios ao produtor e ao destino, como o aumento da produtividade, competitividade, fortalecimento da governança, estímulo à economia local, ampliação do renome dos produtos da região, aumento da mídia espontânea e do fluxo de turistas”, destacou.
A gestora de projetos do Sebrae em Seabra, Amanda Teixeira, reforçou que o momento foi de celebração e um importante passo para o Café da Chapada alcançar patamares ainda mais elevados de comercialização e expansão de mercado. “Esse momento foi uma verdadeira festa para a Chapada Diamantina, foi marcante. A Associação Aliança já está cadastrada na plataforma de digitalização das IGs, onde teremos origem controlada e rastreabilidade. A associação também já está se organizando para iniciar as emissões do selo para os produtores que cumprirem os requisitos do caderno de especificações. O Sebrae continuará apoiando a gestão da IG, com diversas atividades para fortalecer a governança e disseminar o conhecimento sobre a importância e possibilidades de agregação de valor através da Indicação Geográfica”, afirmou.
Para o gerente regional do Sebrae em Irecê, Edirlan Souza, a IG vai além do reconhecimento, é um atestado de valorização da história de cada produtor e de cada café que é plantado nesse território tão único. “A Denominação de Origem valoriza a história e o trabalho dos produtores da Chapada Diamantina. É uma ferramenta que garante autenticidade, fortalece a economia local e contribui para que o café da região conquiste ainda mais espaço no mercado global”, concluiu Edirlan.
O registro de Denominação de Origem certifica que o café da Chapada Diamantina possui características únicas, diretamente influenciadas pelos fatores naturais e humanos da região. Reconhecida por suas altitudes elevadas, clima diferenciado e técnicas cuidadosas de produção, a Chapada Diamantina se firma, cada vez mais, como
referência em qualidade no setor cafeeiro. A conquista celebra o trabalho coletivo e visionário dos produtores, que agora possuem mais uma ferramenta para destacar o café da região entre os melhores do mundo.
