Na noite da última sexta-feira (10), o espaço Colabore, que é o 1º Centro Público de Inovação de Salvador, reuniu empreendedores para acompanhar a mesa de bate-papo “Inventivos Talks: Como conseguir investimento para sua empresa”.
O evento teve a presença dos seguintes representantes de startups: a empresária e investidora, Amanda Graciano, a fundadora da Hotina, Mayara Neves, além do cofundador e CMO da Agilize, Marlon Freitas, além de mediação da cofundadora da Inventivos, Monique Evelle.
Antes do bate-papo, o gerente do Sebrae em Salvador, Rogério Teixeira, falou para os presentes sobre o impacto do Colabore e do Sebraelab ao longo desses cinco anos. “Aceitamos o desafio da Prefeitura de Salvador e trouxemos o Sebraelab para fora do nosso espaço e nos posicionamos, enquanto Sebrae, num ambiente diferente e isso nos conectou com um público que, talvez, não acessasse as nossas estruturas convencionais. Esse é o nosso aprendizado e ganho nesses cinco anos”, pontuou.
O vereador André Fraga, idealizador do Colabore, pontuou a importância da comemoração dos cinco anos do Colabore. “Quando a gente inaugurou, até o início da pandemia, pelo Colabore já tinham passado algo em torno de 10 mil pessoas. Tinha impactado muitas empresas, startups, negócios, empreendedores e empreendedoras. O Colabore vem ajudar Salvador a enfrentar a redução da desigualdade associada aos objetivos de desenvolvimento sustentável”, relatou.
O secretário de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal, Ivan Euler, expôs sobre a concretização do projeto e do apoio recebido. “André tinha um projeto de um container para fazer uma exposição e transformá-lo em um coworking público. Em outras cidades do Brasil, abria-se uma sala com computadores, internet e dizia que era um coworking público. André dizia que iríamos fazer algo melhor. Daí nasceu essa ideia do Colabore”, relembrou.
Segundo o secretário, houve o recurso e investimento da prefeitura, mas a gestão e a operação dos oito containers, sendo cinco realizadas pelo Sebrae, que apoiou a ideia desde o início. “A parceria com o Parque Social, que contribuiu para que fosse criada uma incubadora de negócios sociais pública, também foi exitosa”, contou.
Bate-papo
Para iniciar o bate-papo, a mediadora Monique Evelle falou sobre o investimento como forma de impulsionar o crescimento dos pequenos negócios. Ao citar o Corporate Venture Capital (CVC), pediu que Amanda apontasse as vantagens e desvantagens deste financiamento.
Para Amanda Graciano, o CVC é um tipo de capital de risco tanto para quem coloca ou retira o dinheiro. No que se refere às desvantagens, ela aponta que a burocracia faz com que os empreendedores sigam as regras da empresa, além de a rede de tomada de decisão ser mais complicada. “Mas traz vantagem porque a grande empresa tem uma rede de contato estruturada, tem time atento ao crescimento, uma rede de parceiros e fornecedores mais estruturada que uma startup”, ressaltou.
Os requisitos necessários para criar relacionamentos e pedir investimento às instituições estiveram entre os assuntos abordados. Mayara Neves colocou que é necessário saber o que se pretende fazer. “A grana é muito importante para ter um negócio rentável. Por isso, ao bater na porta de alguém, é importante ter clareza sobre a motivação do dinheiro, dizer onde a grana será colocada e quais hipóteses a fim de crescer e expandir no mercado”, explicou.
Como chegar aos potenciais investidores foi outro assunto abordado e Marlon Freitas contou que tem apostado na comunicação para tornar a startup mais conhecida. “Começamos a fazer divulgação na imprensa a partir dos resultados obtidos. Manchete em jornais como ‘Startup se destaca com investimento de tal valor’. Daí, começa a bater gente na nossa porta, temos seguido essa estratégia”, contou.
A gestora do Sebraelab, Patrícia Castro, contou que as ações realizadas têm contribuído para o estimular o desenvolvimento dos negócios. “Temos feito palestras e capacitado os negócios com o intuito de trazer todo o tipo de conteúdo que dê base para que o empreendedor consiga alavancar seu negócio, e consiga se manter. É um espaço gratuito, é um espaço que gera inovação, que gera conexões”, concluiu.