As inscrições para o Desafio Liga Jovem (DLJ) 2025 – maior competição de empreendedorismo e tecnologia voltada a estudantes de todo o país – terminam em 18 de agosto. A disputa é uma iniciativa do Sebrae e está em sua terceira edição. O objetivo é empoderar os alunos para que possam transformar ideias em soluções, desenvolvendo competências para a vida pessoal, acadêmica e profissional.
Estudantes que querem participar podem se inscrever gratuitamente pelo site oficial do DLJ 2025, onde também está disponível o regulamento. Durante o processo, os participantes percorrem uma trilha vibrante de aprendizado, com vivências inspiradoras e concorrem a vários prêmios.
Na avaliação do gestor estadual de Educação Empreendedora do Sebrae Bahia, José Soares, o Desafio Liga Jovem é uma chance incrível para os estudantes mostrarem toda a criatividade e garra que têm. “A Bahia vem mandando muito bem desde a primeira edição, com projetos que realmente fazem a diferença. Pela potência que a gente vê nos estudantes daqui, acredito muito que o prêmio nacional pode vir pra Bahia nesta edição”, acredita.
Voos altos
A competição literalmente levou longe um grupo de garotas baianas. Em 2024, a categoria Profissional (Inspira) teve como vencedoras na etapa estadual a equipe PaceFree, com o projeto “PaceFree: um passe livre para autonomia”, das alunas Gracielle Maria Santos Dias, Lorena Oliveira de Souza, Maria Eduarda Oliveira de Amaral e Isabelle de Jesus Santos Ribeiro. Elas são alunas do IFBA do campus de Camaçari, orientadas pela professora Lanuza Lima Santos.
O aplicativo auxilia pessoas com deficiência visual a atravessarem a rua. O projeto adaptou semáforos a se comunicarem com o aplicativo e, ao se aproximar, o usuário é notificado, sendo informado sobre o estado do sinal e se pode ou não acionar o botão virtual, solicitando a travessia da via. A invenção beneficia também idosos e cadeirantes. Em maio deste ano, elas alçaram voos mais altos e participaram da grande final global da Huawei ICT Competition 2024/2025, que aconteceu entre os dias 20 e 24 de maio em Shenzhen, na China, e lá conquistaram dois prêmios.
Para a professora Lanuza Lima dos Santos, orientar as meninas do PaceFree é motivo de orgulho não só pela sensibilidade e relevância do tema ou pelas premiações que alcançaram, mas pelo compromisso e empenho com que se dedicam ao projeto e se engajam nos desafios.
“O app ainda não se materializou. Temos que amadurecer o projeto e aprofundar o modelo de negócio. Para isso, precisamos de apoio dos entes públicos e privados, uma vez que trazer o PaceFree para a realidade requer intervenções mais profissionais e sua implementação depende de um trabalho junto aos entes públicos, pois é um tipo de intervenção urbana”, explica a mentora. Ela revela, ainda, que as estudantes atualmente participam de outros desafios, aprimorando as soluções e tentando inscrição em programas de incubação.
“Depois de vencermos a etapa estadual do DLJ, conhecemos a Huawei ICT Competition e decidimos nos inscrever. Passamos pelas etapas nacional, regional da América Latina, até conquistarmos a honra de representar o Brasil na final global, na China”, conta Lorena Oliveira de Souza. “Foi uma experiência única! Tivemos contato com culturas diferentes, tecnologias de ponta e trocamos conhecimento com estudantes de vários países. E, com muito orgulho, conquistamos dois prêmios internacionais: o de Inovação e o Women in Tech. Voltamos motivadas, gratas e acreditando ainda mais no poder da juventude e da tecnologia para transformar nosso mundo”, afirmou.
Para Gracielle Maria Santos Dias, o DLJ 2024 foi uma virada de chave em sua jornada como estudante e empreendedora. “Participar do DLJ me fez enxergar o PaceFree com outros olhos — não só como uma ideia, mas como uma solução real, com potencial de impacto social. O contato com mentores, as formações e a troca com outros jovens me ajudaram a estruturar melhor o projeto, entender o valor da escuta ativa com o público que quero atender e, principalmente, acreditar mais no meu potencial como agente de mudança.
A partir dos benefícios que obteve, a estudante indica o DLJ a outros jovens. “Para quem nunca participou de algo assim, meu conselho é simples: vá com medo mesmo. Você não precisa estar com tudo pronto ou perfeito. Esses desafios existem justamente para te ajudar a evoluir, a aprender e a se conectar com pessoas. O primeiro passo pode parecer assustador, mas é ele que abre caminhos que você nem imaginava existir”, frisa.
Prêmios
Os vencedores disputam por uma viagem internacional de até 10 dias, com todas as despesas pagas, e também concorrem a notebooks, celulares, vales-compras e recebem certificado. Podem participar alunos de escolas públicas e particulares que estejam matriculados no Ensino Fundamental (8º e 9º ano), Médio, Técnico, Profissional e Tecnológico (qualquer ano), Superior (bacharelados, licenciaturas ou tecnólogo).
A competição idealizada pelo Sebrae estimula os jovens a mergulhar na criatividade, transformando ideias em soluções reais e inovadoras, para resolverem problemas da sua escola ou da sua comunidade, com o uso de tecnologia, promovendo impacto social.
A trilha é composta de oficinas online (com direito a certificado de 30 horas), que desenvolvem habilidades como liderança, resolução de problemas, mindset digital e responsabilidade social.

