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Estratégias de sucesso usadas no Rock in Rio foram apresentadas por Luís Justo durante o Varejo Week

Realizado pelo Sebrae em Salvador, evento trouxe temas e questionamentos levantados pelos clientes ao longo do ano nos atendimentos do projeto de Comércio
Por Rosana Silva para ML Comunicação
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A terceira edição do Varejo Week, principal evento voltado para capacitação das micro e pequenas empresas da área do comércio, ocorreu na noite desta segunda-feira (11), no CECBA, no bairro do Costa Azul. O evento trouxe a palestra “O Sucesso para empreender sonhos”, ministrada pelo CEO da Rock World, Luís Justo, empresa responsável pelos festivais de música como o Rock in Rio, Lollapalooza e The Town.

O gestor do Sebrae em Salvador, Rogério Teixeira, agradeceu a presença dos participantes e parabenizou a equipe que preparou o Varejo Week, além de propor que tivessem atenção ao conhecimento que seria passado por Luís Justo.

O palestrante iniciou a noite contando como Roberto Medina teve a ideia de realizar o Rock in Rio. Após querer abandonar a carreira e sair do país, no período da ditadura militar, uma pergunta sobre o que fazer para mudar a realidade do Brasil o fez pensar. “Naquela noite, Medina pensou que precisava fazer algo para mostrar para o mundo – e não só para o Brasil – a nossa capacidade de sonhar coisas grandiosas e empreender para fazer acontecer. E a forma de fazer era realizar o maior festival de música do mundo, com grandes artistas internacionais, sendo que poucos haviam estado no país”, explicou.

Na sequência, Justo apresentou sete dicas colhidas das experiências de trabalho que podem ser aplicadas em pequenos negócios de diferentes segmentos. Ao iniciar o trabalho no Rock in Rio, o palestrante buscou entender qual era a proposta de valor do evento e como entregar mais disso para os clientes. Inicialmente, vender ingressos foi a proposta pensada. Por isso, foram criados produtos que ofereciam melhores possibilidades antecipadas para os clientes participarem do festival, o que esgotavam rapidamente. Daí, nos 30 anos do festival, decidiram vender o barro do local onde ocorreu o primeiro Rock in Rio.

“O que está por trás desses exemplos que definem a nossa proposta de valor é o fato de proporcionar experiências inesquecíveis através da música e do entretenimento. ‘Por que as pessoas compram a lama?’ Porque ali é o pedaço de uma experiência inesquecível que elas viveram 30 anos atrás no Rock in Rio. Cliente não compra produto, compra proposta de valor. Quando passamos a ter clareza do que era a nossa proposta, ela passou a ser um guia, inclusive de inovação, para tudo que temos feito no festival”, explicou.

O palestrante falou ainda da importância da cultura dentro da empresa, de todos terem um ideal em comum. “Na Rock World, a filosofia central é sonhar grande e fazer acontecer. A criatividade é um valor que todo mundo que trabalha na empresa entendeu que nos define. Meu financeiro, por exemplo, tem que ser criativo e é avaliado por criatividade”, afirmou.

Ter obsessão pela jornada do cliente foi outra fala proferida pelo palestrante para chamar a atenção sobre a necessidade de observar a jornada do cliente e melhorá-la com o uso da proposta de valor. “Existem muitas oportunidades em qualquer negócio a partir da observação da jornada do cliente, seja fazer melhoria, entregar mais valor ou diferenciar o produto do concorrente”.

Para encontrar essas oportunidades, dentro da jornada do cliente, Justo explicou que ter uma escuta ativa e realizar algo de forma proativa por meio dessa escuta é fundamental. No Rock in Rio, segundo Justo, a escuta ativa também é feita a partir da ideia da proposta de valor, e mostrou que não é preciso grande investimento.

“Se a nossa equipe de apoio notar um cliente proporcionando aos outros clientes uma experiência inesquecível, essa pessoa será abordada e receberá um papel com uma mensagem dizendo que ela contribuiu com a proposta do festival e receberá um brinde no serviço de atendimento. Se a experiência não tiver sido boa, por mais que nos esforcemos para que seja perfeita, o cliente receberá uma mensagem com pedido de desculpas e com a possibilidade de dizer onde houve o erro”.

Ítalo Guanaes, gestor de projetos do Sebrae em Salvador, celebrou a realização do evento Varejo Week após um ano de atendimentos realizados. “Depois de um longo ano com quase mil atendimentos dentro do projeto de comércio, o nosso objetivo para o encerramento do Varejo Week foi trazer uma temática que, ao longo do ano, foi apontada pelos nossos clientes. Uma temática que nos levou a ser um pouco disruptivo e, ao mesmo tempo, agregador de valor no cotidiano do empresário do segmento de comércio”, finalizou.