Quem acredita que o café só combina com leite não conhece ainda as possibilidades que o grão pode oferecer e como a produção cafeeira se assemelha a muitos outros processos artesanais. Essas possíveis harmonizações foram apresentadas durante a 2ª edição do Conexão Cafés da Bahia, realizada nos dias 7 e 8 de dezembro, em Vitória da Conquista.
A gestora do projeto Cafés Especiais do Planalto da Conquista do Sebrae, Mônica Rizério, destaca que a cultura do café agrega vários outros produtos, o que reforça também o turismo na cidade. “A gente precisa trabalhar as potencialidades que o café oferece. São negócios que estão sendo gerados não só para o café, mas para todos esses outros produtos agregando ao turismo. Tem pessoas que vêm de fora e querem conhecer não só pontos turísticos, mas a gastronomia, a produção local e tudo o que culturalmente a cidade tem para oferecer, a exemplo da pamonha, méis, vinhos, queijos entre tantos outros. Vitória da Conquista é conhecida pelo turismo de negócios, como polo de saúde e educação e temos de mostrar esse outro lado do turismo também, intensificado pela cultura cafeeira”, ressaltou a gestora.
Durante o evento, vários expositores apresentaram e comercializaram diversos produtos como o Matchá, tipo de chá verde feito de folhas jovens da Camelia Sinensis, que se tornam um pó super fino e compõe bebidas quentes e geladas. O proprietário da Energia, Alquimia e Café, empresa de Recife, Luli Figueiredo, apresentou essas bebidas durante o evento e se sentiu realizado em mostrar um produto diferente que se relaciona com o universo do café.
“Quando fomos convidados para participar do Conexão Cafés da Bahia, nós nos sentimos muito honrados e felizes em trazer isso para a Bahia, sobretudo pela funcionalidade do chá e pelas possibilidades. Trazer chá para dentro de uma cafeteria, para a nossa cultura, é expandir o raio de alcance. São pessoas que querem ir à cafeteria, mas não bebem café, ou bebem café, mas querem beber outras coisas também. Então, a ideia foi trazer o matchá para a feira e, principalmente, respeitando a cultura local, a cultura nordestina”, afirmou o empreendedor.
O café se relaciona também com o mel produzido pelo empreendedor Joaquim Ribeiro. Ele tem o café estampado nas embalagens do mel produzido em Barra do Choça há mais de 20 anos. Na propriedade, as duas produções se relacionam. “Tudo que tem aqui, eu amo. Inclusive, trabalho com café também, tenho uma produçãozinha de café orgânico. Na minha fazenda, temos essa conexão, café e mel, banana, laranja. Temos um pouco de tudo porque a roça é uma mãe”, concluiu o produtor.