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Rota dos cafés especiais marca experiência turística no Planalto da Conquista

Por Nayla Gusmão para ML Comunicação
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Quem visita Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano, sabe que uma das características marcantes do terceiro maior município do estado é o café produzido na região. Mas, não só a Joia do Sertão Baiano, são diversos municípios que integram o Planalto da Conquista e têm na cafeicultura sua atividade de destaque, produzindo, em média, anualmente, 600 mil sacas de café e movimentando cerca de R$ 900 milhões.

Mas, além da quantidade, a qualidade do café produzido na região se destaca a cada dia. Por isso, o Planalto da Conquista possui a Rota dos Cafés especiais, roteiro turístico que integra propriedades, cafeterias e cooperativas e promove ao visitante uma experiência sensorial única, conhecendo todos os processos de produção dos cafés, desde o plantio até a mesa.

Durante a abertura da segunda edição do Conexão Cafés da Bahia, evento realizado nos dias 7 e 8 de dezembro em Vitória da Conquista, a Fazenda Reserva do Vale, um dos pontos que integra a rota, abriu as portas na noite do dia 6 para um momento de troca de experiências, apresentação dos cafés produzidos e vivências pautadas na cafeicultura da região.

Divulgação

Os anfitriões da noite, Vinícius Rodrigues, Ana Paula Andrade e Rita Dias, têm no espaço a produção, torrefação dos cafés e ainda uma cafeteria, onde o visitante pode acompanhar todo o processo sendo executado. Para Vinícius Rodrigues, um dos sócios da Fazenda Reserva do Vale, após 35 anos de tradição familiar na produção dos cafés, integrar um projeto tão importante como a Rota dos Cafés Especiais é promover mais visibilidade para o negócio e também valorizar a produção do Planalto da Conquista.

“O Planalto da Conquista hoje tem grandes cafeicultores, com cafés premiados em nível de Brasil, com propriedades grandes e pequenas. Inserir isso na rota turística, de um município que já tem uma característica industrial e de serviço, é muito relevante. Trazendo a nossa força que é o café, criamos um espaço bacana, justamente pensando nessa visitação. Hoje vivemos um momento em que os produtores se abraçam. Estavam muitos aqui hoje, um
ajudando o outro. Um momento que une o fortalecimento das marcas, o fortalecimento dos produtores, e o fortalecimento turístico da região sudoeste do estado”, afirmou o empreendedor.

O trabalho da Rota dos Cafés Especiais vem sendo conduzido pela arquiteta Alline Trancoso. Em 2023, primeiro ano do Conexão Cafés da Bahia, a rota foi lançada, em 2024, o processo é de solidificação do trabalho que vem sendo desenvolvido.

“Hoje temos mais propriedades envolvidas e além do café há uma diversificação. Quando temos esse evento, de conexões sensoriais estamos integrando o café com queijo, vinho, mel e outros produtos. Na rota hoje você passa por fazendas de café, por fazendas de uva que produzem vinhos, fazendas de leite que produz queijo. E é essa integração que é importante, conectando Vitória da Conquista à Barra do Choça através da cafeicultura e o paisagismo da região”, afirmou a arquiteta.

Presença marcante

Nesse cenário de fortalecimento de mercado, de produção e da região sudoeste, o Sebrae tem presença marcante junto às prefeituras municipais, pensando no desenvolvimento regional aliado às ações do agronegócio. Desde a primeira edição do evento Conexões Cafés da Bahia o Sebrae oportunizou a vinda de uma consultora, turismóloga, que acompanhou as visitas às propriedades, levando em consideração todos os desafios de integração da rota. Agora a atuação é de capacitação junto aos representantes das propriedades para receber os turistas.

A gestora do projeto do Sebrae Cafés Especiais do Planalto da Conquista, Mônica Rizério, ressalta todo o suporte que vem sendo oferecido à iniciativa. “Um trabalho extremamente relevante que vem sendo desenvolvido. Além de todo o apoio oferecido até aqui, agora temos de seguir incentivando e apoiando os produtores que se relacionam com essa rota e precisamos entender a necessidade de cada um deles, seja no que se refere à estrutura, precificação, adequação às experiências que os turistas querem viver… Enfim, queremos mostrar para essas propriedades a potencialidade desse negócio, como eles podem se capacitar cada vez mais para atender o público, fomentando assim o desenvolvimento regional”, concluiu a gestora.