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Sebrae capacita mulheres de Instituto de Itagibá para comercialização de derivados da banana

Produtoras rurais colocaram em circulação produtos como banana chips, banana passa e doce de banana
Por Nayla Gusmão para ML Comunicação
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Um grupo de seis mulheres de Itagibá está beneficiando a produção local de banana, além de colocar em circulação produtos como banana chips, banana passa e doce de banana, após capacitações do Sebrae. As produtoras rurais do Instituto Sofrê estão com produtos adequados às necessidades do mercado e vêem a possibilidade de maior geração de renda.

A ação teve início com a implantação do Instituto Sofrê, pela prefeitura municipal de Itagibá, em parceria com a mineradora Atlantic Nickel. No instituto, foi montado um espaço para beneficiamento da colheita dos produtores da região. Nesse processo, segundo a Secretária de Agricultura e Desenvolvimento Econômico, Dulciane Barreto, surgiu a necessidade da expertise para o desenvolvimento dos produtos e padronização, então as consultorias do Sebrae surgiram como a melhor opção.

“A parceria com o Sebrae foi fundamental porque padronizamos o produto, a qualidade e com uma visibilidade grande por causa das embalagens. Podemos ingressar as mulheres do meio rural com a perspectiva da fábrica, atendendo, principalmente, ao mercado institucional com a merenda escolar, gerando mais renda para essas famílias. Para a fábrica rodar, o município entra com ações de incentivo ao plantio para que possamos fazer um produto com a cara de Itagibá”, afirmou a secretária.

Kelly Guerra, analista técnica do Sebrae em Jequié, explica que as ações do Sebrae junto ao instituto iniciaram com o desenvolvimento das receitas, passando pela capacitação para o processo de produção e, por fim, a criação e adequação das embalagens em conformidade com os critérios do mercado. Todas as consultorias aconteceram por meio do Sebraetech.

“A primeira consultoria desenvolveu o produto das produtoras com a receita de cada um deles, padronizando o processo de produção, o que ajudou a reduzir os custos, removendo a necessidade de testar várias receitas. O processo também já foi pensado para atender aos requisitos legais dos órgãos de controle. Quando os produtos estavam prontos, nos solicitaram também a consultoria de rotulagem onde foram desenvolvidas embalagens com todas as informações necessárias para atender às agências reguladoras e serem atrativas aos clientes”, explica a analista.

Anamélia Vieira, produtora rural da região das Tesouras, zona rural de Itagibá, diz que o projeto ajudou a ampliar o olhar para a produção local e as inúmeras possibilidades disponíveis para as mulheres.

“A gente até cultivava banana, mas só ficava por ali mesmo. Às vezes, até dava para o animal comer o restante. Hoje, depois desse curso, a gente vê a banana com outros olhos. Da banana verde até a madura, a gente tem como fazer vários produtos. Trazemos para o instituto e daqui tiramos nossa renda. Agora, a partir das nossas novas embalagens, tenho certeza que vamos dar uma alavancada nas vendas e vai ser só sucesso”, afirmou entusiasmada a produtora.