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Sebrae discute economia criativa durante o Scream Festival

Gestores do Sistema Sebrae apontaram os caminhos para o desenvolvimento dos pequenos negócios do setor
Por Rosana Silva
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Mercado audiovisual, games e ações de fomento para a economia criativa foram alguns dos assuntos tratados na manhã de sexta-feira (1º), no encontro de gestores do Sistema Sebrae, durante o Scream Festival 2023, realizado no Café Teatro Nilda Spencer, na Fundação Gregório de Matos, Barroquinha.

O Sebrae apresentou no evento conteúdos voltados para economia criativa, além de marcar presença em painéis e oferecer oficinas para os participantes.

O superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, falou sobre as ações da instituição voltadas para a economia criativa. “Muito ainda precisa ser dito sobre o setor e buscamos dar prioridade às ações voltadas para a economia criativa. Cada estado tem as suas peculiaridades, e temos aqui um grande potencial nesse setor”, disse.

Para dar início ao evento, a primeira mesa foi composta pela coordenadora de Economia Criativa do Sebrae São Paulo, Jenifer Botossi, e o coordenador do Nordeste Lab, Gabriel Pires, que trataram do tema “Audiovisual: Experiência da marca Sebrae, com o polo de referência Sebrae, e o Benchmark Nordeste LAB, BA”.

Jenifer destacou o Polo de Referência Sebrae em Economia Criativa e a relação com o audiovisual, em São Paulo. “Estamos operacionalizando um polo, mas ele é de todo o Sistema Sebrae. Escolhemos estrategicamente o setor audiovisual, que é o setor da economia criativa que gera maior quantidade de emprego, consegue reverberar em outras cadeias produtivas maior que outro segmento”, explicou.

A coordenadora destacou que o setor está muito vinculado às políticas públicas, com incentivos fiscais, fomento direto, entre outras modalidades. “Vendo esse cenário, entendemos a importância de olhar para esse trabalho, para como nós, enquanto Sebrae, podemos fazer com que isso transborde em todo o Brasil, mas também olhar para o que outros estados estão fazendo, a fim de articular a nível de políticas públicas”, frisou.

O Nordeste Lab é um dos projetos realizados em Salvador, com apoio do Sebrae, que visa estimular o desenvolvimento do audiovisual no Brasil, com foco no Nordeste. No contexto de criação do evento, diante do desafio de articular leis, normas, tendo a presença de produtoras com pouca preparação empresarial, Gabriel Pires buscou apoio do Sebrae.

“Apresentamos ao Sebrae uma proposta. De 2015 até 2023, temos a parceria do Sebrae, que consiste na realização de rodadas de negócio, além de consultoras contratadas que acompanham as rodadas e fazem uma mensuração dos resultados”, explicou. Neste ano, o Nordeste Lab ocorrerá do dia 05/12 a 8/12, com a presença de players como Globo Filmes, Globo Play, Vitrine Filmes, entre outros.

Games

A segunda mesa foi composta pelo designer e diretor da Associação AMAGAMES, do Maranhão, Pablo Muniz, e pelo gestor e produtor cultural, Felipe Rego, com o tema “Games – Experiência da Marca Sebrae, com Parceiro da Secretaria de Cultura da PMS e o Benchmark AMAGAMES”.

Para Felipe Rego, o apoio do estado ao setor de games é fundamental. “Somos um mercado extremamente relevante, mas não temos aproveitado essa oportunidade, temos perdido talentos, capital intelectual, desenvolvedores que tem ido trabalhar para empresas internacionais, por causa da falta de uma política estruturada de fomento que permita o desenvolvimento do setor’

Desde 2013, com atuação na área de games, a associação AMAGAMES tem produzido ações e eventos voltados para o setor. Pablo Muniz destacou as mudanças ocorridas depois do apoio do Sebrae. “Temos inserido mais a profissionalização, a partir de consultorias, e temos oferecido suporte a grupos, coletivos e estudantes com conhecimento ainda incipientes sobre mercado”.

O designer ainda destacou os desafios para manter a sustentabilidade dos negócios, apontando para a falta de incentivo. “O mais importante é a questão financeira. Precisamos de financiamentos mais contínuos, que possibilitem uma estabilidade no setor”, explica.

Nordeste criativo

Já a terceira mesa teve como tema “O que o Nordeste tem? Economia criativa como ninguém”, com a participação do superintendente do Sebrae Ceará, Joaquim Cartaxo, e a presença das gestoras que atuam junto ao setor.

Cartaxo citou alguns eventos que envolvem a economia criativa, como Mobiliza São Luís. A Feira Internacional de Negócios Criativos, em João Pessoa, foi citada por Cartaxo, além da Feira Literária de Literatura de Cordel, no estado do Ceará. “A Feira de Literatura de Cordel é uma parceria entre o Sebrae Ceará e a Academia Brasileira de Letras no sentido de valorizar o cordel”, explicou.

O superintendente ainda coloca que o evento pode incentivar os gestores do Sebrae a contribuir para o fortalecimento da economia criativa. “É importante apresentar a diversidade do Nordeste do ponto de vista da economia criativa, respeitar a diversidade e orientar para a formalização. Precisamos ajudar os nossos criativos, criadores, artesãos, artistas nos seus negócios”, pontuou.