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Sebrae e Educadora FM promovem o 1º Encontro Mercado da Música da Bahia

Evento reuniu músicos, cantores, empresários e produtores da cena musical baiana, elencando os principais elementos que dinamizam este segmento de negócios
Por Marcia Gomes
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O Encontro Mercado da Música da Bahia reuniu, na tarde desta terça-feira (28), cantores, músicos, compositores, produtores, empresários, dentre outros profissionais que integram a cena musical baiana, no auditório do Sebrae, no bairro do Costa Azul, em Salvador. Três blocos de palestras apresentaram os principais elementos que compõem e dinamizam o segmento, com o objetivo de acelerar carreiras e projetos artísticos. Na ocasião, os intervalos deram espaço a momentos de confraternização, trocas de experiências e fortalecimento de networking. O evento foi uma parceria entre Sebrae Bahia e a Rádio Educadora FM.

Na abertura, o assessor da Presidência do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia, André Gustavo Barbosa, falou sobre música e empreendedorismo. “É muito importante destacar o papel do Sebrae. A gente trabalha com a micro e pequena empresa e com todos os tipos de empreendedores. E entendemos o artista, seja da música, do artesanato, das artes plásticas, ou das diversas formas de expressões culturais, como um empreendedor”. Em seguida, o gerente de Projetos Especiais do Sebrae Bahia, Antônio Carlos Borges, cumprimentou os presentes. “Hoje vocês vão ficar felizes aqui, buscando entender o mercado da música, essa cadeia produtiva e como empreender, já que o Sebrae tem essa expertise”.

O diretor-geral da Rádio Educadora FM e da TVE Bahia (Irdeb), Flávio Gonçalves, falou sobre a importância do encontro para a categoria. “Esse é nosso primeiro evento e esperamos ano que vem promover um ainda maior para vocês. Sabemos que são milhares de pessoas que sobrevivem produzindo música na Bahia e o nosso objetivo é também impulsionar os artistas que vêm do interior do estado”.

De início, os participantes foram brindados com um mapeamento do mercado da música no Brasil e no mundo, com a palestra da pesquisadora e consultora do mercado musical digital, Dani Ribas – “Caminhos e desafios da internacionalização da música no atual cenário”. Segundo ela, a Federação da Indústria da Música aponta que o mercado da música gravada no mundo cresceu 9% em 2022, alcançando US$ 26 bilhões. Ela aponta que o principal vetor de crescimento desse mercado são as assinaturas das plataformas de stream, que cresceram 10,3% em 2022, atingindo US$ 12,7 bilhões no mercado mundial. O Brasil ocupa a nona posição no mundo. Em 2022, alcançou a marca de US$ 489 milhões (R$ 2 milhões).

Na sequência, Alex Pinto, fundador da Isé Produções, falou sobre o cenário da produção independente na Bahia. “Acredito muito na minha intuição e na possibilidade de expansão de mercado. É difícil, porque o consumo de streaming no Nordeste ainda é muito baixo, mas a gente não pode comparar os nossos números com os da região Sudeste, por exemplo, porque lá a população é muito maior”, comentou. Já produtora cultural e gestora da Casa Rosa Salvador, Natália Valério, discorreu sobre os pontos positivos do novo espaço cultural da capital baiana, localizado no Rio Vermelho, com vista panorâmica para o mar, que dispõe de ambientes para shows e espetáculos. A seguir, o produtor e integrante da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin), Vince de Mira, fez um apanhado sobre os festivais musicais independentes da Bahia.

Comunicação e Música

O diretor-geral do Irdeb, Flávio Gonçalves, deu início à segunda etapa do encontro, discorrendo sobre comunicação pública como comunicação estratégica. O influencer Raoni Oliveira mostrou com muito entusiasmo o poder e a eficácia do marketing digital através das redes sociais, como instrumento propulsor da carreira dos profissionais da música. A cantora e gestora do espaço Colaboraê, no Rio Vermelho, Ju Moraes, contou como deixou de advogar para empreender com a música, dando ênfase à formação e contratação de mulheres nas variadas atividades do ramo.

O terceiro e último bloco do encontrou foi focado no desenvolvimento de negócios e perspectivas de futuro. A gestora do projeto “Música tocando negócios”, Isadora Flores, do Sebrae Rio de Janeiro, falou sobre as oportunidades e desafios de empreender neste setor. Ela citou algumas iniciativas que auxiliaram artistas a empreender: marketing e construção de marca; gestão financeira e planejamento estratégico.

A coordenadora de Mercado e Internacionalização do Sebrae Bahia, Márcia Suede ressaltou como é importante saber vender o próprio negócio. “Vocês são artistas, mas também têm que se ver como empresários”, enfatizou. A gestora disse que é fundamental cuidar da carreira de forma empresarial para gerar recurso e renda além do que é necessário para cobrir os custos básicos. Márcia Suede falou, ainda, sobre como é importante o artista se preparar para participar de rodadas de negócios (B2B) e saber fazer o pitch com precisão, forma persuasiva e clara. O presidente da ONErpm no Brasil, Arthur Fitzgibbon, finalizou o ciclo de falas, fazendo uma análise de como o mercado musical estará nos próximos anos e de como os profissionais devem se preparar para se adequar e prosperar no novo cenário musical.