Encontro anual mostrou os principais desafios para a sobrevivência e competitividade das gráficas
O evento mais importante do calendário anual do setor gráfico na Bahia foi realizado na quarta-feira (23), na sede do Senai/Cimatec, em Salvador. Em sua 21ª edição, o encontro abordou o tema “Conexões do Analógico ao Digital” e iluminou caminhos para ajudar as empresas constituídas antes do surgimento da internet a enfrentar um grande desafio: muitas das regras que orientavam o progresso dos negócios na era pré-digital não se aplicam mais. Desde a contratação de funcionários, o atendimento, passando por todos os setores da empresa, comercial, administrativo, financeiro, de criação, até a captação de clientes, tudo pode ser otimizado por ferramentas digitais.
Transformação digital é um processo de mudança de mentalidade nas empresas que passam a usar a tecnologia para se tornarem mais modernas, melhorar desempenhos e aumentar o alcance de mercado. Os dois palestrantes desta tarde, que reuniu cerca de 50 pessoas no auditório do Senai Cimatec e teve mais de 90 visualizações online no canal do Youtube, acenderam as luzes das ideias e de alerta: “Quem não entrar nessa era digital nas áreas administrativa e comercial vai estar muito mais rapidamente fora do baralho”, previu o professor, consultor e especialista em gráficas, Sílvio Araújo.
De acordo com o professor, “os sistemas de impressão convivem razoavelmente bem. A offset convive bem com a digital, a fotogravura continua presente. Ainda existe um rejuvenescimento da flexografia, mas, na área administrativa, não tivemos uma palha mexida! Você chega numa gráfica e se lembra de 30, 40 anos atrás com a repetição das mesmas rotinas”, afirmou. Araújo mostrou como começar essa transformação digital, com inovação e criatividade para atualizar as rotinas produtivas e não perder competitividade no mercado, tendo a chance de ampliar atuação e faturamento.
O segundo palestrante da tarde, consultor, professor, escritor e especialista em gráficas, Hamilton Costa, trouxe exemplos de empresas gráficas que estão fazendo da transformação digital uma realidade lucrativa. Com um universo que se altera com uma rapidez que, de acordo com o professor, muita gente não consegue acompanhar, é preciso entender o conjunto de tendências como mobilidade, sustentabilidade, diversidade, economia de plataformas e muito mais. “Uma gráfica hoje deve ser ágil, flexível, com foco estratégico, conectada com seus clientes, com processos controlados e pessoas capacitadas”, afirmou.
Para o diretor técnico do Sebrae Bahia, Franklin Santos, “essas 21 edições mostram a relevância e importância desse evento para a indústria gráfica. É preciso inovar, melhorar e inserir a lógica digital nas empresas, e o segmento gráfico é um dos que precisam passar por esse processo e vencer esse desafio para entregar cada vez mais resultados para seus clientes e as empresas se tornarem cada vez mais competitivas”, afirmou.
O mesmo espírito de confiança e admiração pelo setor gráfico foi compartilhado pelo gerente executivo de tecnologia e inovação do Senai Cimatec, Flávio Marinho. “É um momento muito rico e intenso de transformações tecnológicas, econômicas, sociais, e ter um encontro como esse para poder trocar experiências, ouvir vozes, depoimentos de especialistas, ajuda a enxergar o futuro e fazer planos”, disse Marinho.
Vice-presidente da Fieb e presidente do SIGEB, Josair Bastos, destacou a importância da atualização do setor gráfico, acompanhando as tendências para melhorar rotinas e entregas. “Essas novidades tecnológicas, bem aproveitadas pelo empresário gráfico, refletirão nas produções, nos equipamentos e nas tiragens de seus impressos de modo mais acentuado”, disse.
O seminário foi promovido pelo Sindicato da Indústria Gráfica da Bahia – SIGEB, em parceria com Sebrae e Senai/Cimatec.

