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Cultivo de morango impulsiona economia de Barra do Choça e projeta faturamento de R$ 2 milhões em 2025

Após três anos de consultoria entre Sebrae e prefeitura, produção chega a mais de 100 toneladas da fruta
Por Nayla Gusmão para ML Comunicação
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O cultivo de morango vem se consolidando como uma alternativa estratégica para agricultores do sudoeste da Bahia, especialmente em municípios com altitude favorável, como Barra do Choça e Maracás. O avanço da cultura é resultado de um trabalho contínuo de consultorias técnicas promovidas pelo Sebrae em parceria com a Prefeitura de Barra do Choça ao longo dos últimos três anos.

Em 2025, o faturamento com a comercialização da fruta in natura deve alcançar a marca de R$ 2 milhões, com uma produção superior a 100 toneladas. Em 2022, antes do início do projeto, a renda anual obtida com o morango não ultrapassava R$ 100 mil, demonstrando o impacto expressivo da introdução de tecnologias, manejo adequado e diversificação produtiva.

Para o gerente do Projeto de Horticultura do Sudoeste do Sebrae, Marcelo Leite, os resultados alcançados reforçam a importância do acompanhamento técnico e da profissionalização do cultivo. “O desempenho do cultivo de morango em Barra do Choça demonstra como a assistência técnica continuada e a adoção de tecnologias adequadas podem transformar a realidade produtiva de um território. Nosso trabalho tem sido orientar os produtores para modelos mais eficientes, sustentáveis e rentáveis, e os resultados de 2025 comprovam que essa estratégia está no caminho certo”, afirmou.

Para o produtor Farley Amorim, de Barra do Choça, a cultura do morango surgiu como resposta à necessidade de buscar alternativas ao modelo predominante de monocultura do café no município. “A gente vive aqui um cultivo muito focado no café, mas enfrentamos períodos de preço baixo, clima desfavorável e altos custos de produção. Isso nos levou a buscar novas alternativas, e o morango apareceu como uma oportunidade com valor agregado interessante”, explica.

Farley conta que iniciou o plantio no solo, mas logo migrou para o cultivo suspenso protegido, prática que trouxe resultados significativos já no primeiro ano. “A partir do momento em que a gente aprimorou o cultivo suspenso e começou a testar novos manejos em parceria com o Sebrae, os resultados superaram nossas expectativas. Isso transformou nossa produtividade e influenciou outros produtores a adotarem o mesmo modelo”, afirma.

Entre as inovações adotadas pelos produtores, destacam-se a substituição do substrato convencional por areia. Essa solução reduziu custos de implantação, além da implementação da chamada “bancada tripla”, que aumentou o número de plantas por metro quadrado.

Hoje, Farley avalia que o trabalho conjunto foi determinante para o sucesso da cultura no município. “O Sebrae veio para inovar, implementar e trazer alternativas viáveis. É uma parceria que tem dado certo há três anos e que permitiu que a gente realmente alcançasse nosso objetivo principal: produzir bem e ganhar dinheiro”, conclui.