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Fórum da Indústria destaca e-commerce como meio de impulsionamento das vendas

Representantes do Mercado Livre, Amazon e Correios apresentaram estratégias de logística e como escalar no ambiente digital
Por Marcia Gomes para ML Comunicação
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A quinta edição do Fórum da Indústria apresentou o tema “Indústria Digital: e-commerce e Inteligência Artificial como motores do crescimento”. O encontro é uma realização do Sebrae Bahia e da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB) e aconteceu na tarde desta segunda-feira (27), no auditório da Fieb, no Stiep, em Salvador. O evento é um dos principais espaços de debate, aprendizado e conexões entre empresários, instituições e especialistas da indústria baiana. Este ano, cujo tema central é o poder da digitalização, foram apresentadas estratégias capazes de impulsionar a competitividade das micro, pequenas e médias indústrias do estado.

O superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, lembrou que a parceria da instituição com a FIEB é contínua. “O Sebrae quando faz algo com um parceiro como a FIEB tem como resultado um trabalho grandioso. E é muito bom vermos esse auditório repleto de empresários. Estamos acompanhando o que se passa no Brasil e no mundo e compartilhamos com vocês quais ajustes devem ser feitos em cada empresa para acompanhar os avanços da tecnologia”, aponta.

O coordenador de Indústria do Sebrae Bahia, Tércio Calmon, observa que todos os anos, desde a primeira edição do fórum, os realizadores sempre buscam adotar temas que sejam atuais e relevantes para o ecossistema da indústria. “Este ano, por conta da movimentação que temos percebido no relacionamento da indústria com o seu cliente final trouxemos a temática de e-commerce e Inteligência Artificial, porque o cliente final está cada vez mais comprando diretamente da indústria, e a própria indústria está precisando se aproximar mais diretamente do seu cliente final, estreitando essa cadeia produtiva”, disse.

O presidente da FIEB, Carlos Henrique de Oliveira Passos, destacou que o fórum está em conformidade com a atualidade. “O tema é muito importante para todos nós empresários, que cada vez mais devemos conhecer sobre e-commerce e Inteligência Artificial, caso contrário, ficaremos fora do mercado”, frisou.

Plataformas

Ao apresentar como a tecnologia tem mudado os rumos da indústria, o arquiteto de Soluções da Amazon Web Services (AWS), Vanilson Souza, falou sobre como a empresa criada há 31 anos por Jeff Bezos para, inicialmente, comercializar livros, tornou-se um conglomerado de vendas de produtos e serviços de forma online no mundo. “O fundador da Amazon destacou três grandes princípios que parecem óbvios, mas são fundamentais: colocar o cliente em primeiro lugar, inventar e ser paciente”, disse.

O consultor Comercial dos Correios, Leonardo Silva, falou sobre como as estratégias logísticas podem ser um aliado de sucesso para a indústria, levando os produtos desde a fábrica até os consumidores finais. Dentre as alternativas, ele destacou o Supri Log (suprimentos), o Supri in House (no armazém do cliente), PAC (prazo maior a preço mais em conta), Minienvios (para encomendas de até 300g) e o SEDEX (rapidez na entrega). “Nossa finalidade é sentar e alinhar com esses clientes de indústria e comércio, que hoje têm a necessidade de estar no e-commerce, e ver o que eles precisam e como podemos construir essa solução”, conta.

O seller dev (impulsiona o crescimento, a performance e a profissionalização de empresários) do Mercado Livre, Sérgio Valencia, falou sobre as principais estratégias da plataforma para escalar as vendas no online. “O Mercado Livre se divide em marketplace (venda de produtos, veículos, imóveis e serviços), Publicidade Digital, Mercado Envios (logística) e Mercado Pago (banco, com investimentos, crédito, pagamentos e seguros). No e-commerce, tivemos no primeiro trimestre deste ano R$ 3,3 bilhões de receita líquida na plataforma, com 67 milhões de compradores únicos, com 74% de entregas feitas em menos de 48 horas”, afirmou.

Inovação

O sócio e diretor Operacional da Alpha CO, Marcos Vilas Boas, compartilhou com os participantes do fórum como venceu as dificuldades e elevou a empresa ao patamar de maior marca fitness brasileira, no segmento masculino, e baiana. “São mais de 3 mil pedidos por dia e mais de 250 mil peças por mês. Temos uma base de 600 influenciadores e só trabalhamos com e-commerce”, revela. Ele conta que a empresa já alcançou um crescimento anual de 320%.

Um dos fundadores da Wezza Cosmetics, Aislan Reis, falou que conhecia de início apenas as dificuldades do varejo tradicional, mas aos poucos se viu diante de entraves no ambiente digital. “O varejo enfrenta muitas barreiras: a necessidade de se ter uma cadeia logística, com intermediários, ter que precificar garantindo margem de lucro em todas as etapas. Tudo isso me motivou a ir operar 100% no mercado online”, disse.

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