O CEO da JR Diesel, maior empresa de reciclagem automotiva da América Latina, Geraldo Rufino, proferiu a palestra magna “A jornada de empreender com coragem”, na tarde desta quinta-feira (30), no Fórum do Comércio (FDC25), realizado no Teatro do SESC, em Salvador. Na sequência, a outra palestra magna “Futuros Desejáveis: Desenvolvendo o Ambiente de Negócios”, ministrada pelo doutor em Comunicação da PUC-RS, Dado Scheneider, encantou a platéia.
Com o tema “Desenhando Futuros Desejáveis” e realizada pelo Sebrae, Sesc, Fecomércio e Senac, a segunda edição do FDC25 tem como propósito melhor preparar o comércio, os serviços e o turismo da Bahia para o futuro. Os dois dias do encontro discutem caminhos possíveis, práticas reais e soluções que já estão transformando negócios.
O empresário Geraldo Rufino, case de sucesso e superação, contou como passou de catador de latinhas a dono da JR Diesel e abriu sua palestra magna afirmando que a produtividade de uma empresa aumenta com a felicidade. “Se você tiver um ambiente de trabalho feliz, você põe paixão no que faz e consegue produzir mais. Esquece até de ir embora, porque está feliz naquele ambiente, que é a extensão da sua casa. E a felicidade faz diferença no seu trabalho, na sua saúde e na sua vida”, aconselha.

A palestra magna do doutor em Comunicação pela PUC-RS, Dado Scheneider, foi iniciada de forma inusitada, com uma apresentação de slides, sem fala e com gestos, revelando sua trajetória profissional em grandes agências de publicidade, como consultor de inovação digital, palestrante e pesquisador da evolução das gerações X, Z, Alfa e Beta. “Sou um professor e palestrante do século XXI e lido bem com dispersão”, avisou, com bom humor, à plateia, referindo-se aos que não conseguem deixar de lado o aparelho celular.
Sempre irreverente, Scheneider informou que sua palestra não é motivacional, mas se refere às mudanças de gerações no mundo atual, e falou sobre a sua pesquisa dos atuais jovens, a geração Z, formada por pessoas nascidas a partir de 1998 até 2010, e da alfa, nascida a partir de 2010. “O século XX era vertical. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. A gente olhava para a autoridade de baixo para cima e respondia com temor. A geração Z não sabe o que significa isso. Houve uma alteração no eixo de poder. Antes da internet, a gente aprendia tudo com os mais velhos”, disse.

A partir do ponto de vista de que informação é poder, ele aponta que, no século XX, o poder se encontrava concentrado em poucas mãos, dos que tinham mais idade. “Quando a internet disponibiliza o acesso a inúmeras novas fontes de informação, nem todos acessam, mas o simples fato de estar disponível já altera o eixo de poder dentro de casa, na sala de aula e no ambiente profissional”, completa.
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