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O Seminário “Sustentabilidade e Negócios – Como trazer benefícios reais para a sua empresa”, promovido pelo Sebrae Bahia, foi realizado nesta sexta-feira, 26 de abril, no Espaço Baleia Jubarte, em Praia do Forte (Mata de São João), e reuniu empresários do trading turístico da região, das 14h30 às 17h. Na ocasião, foram abordados os temas ESG, Atendimento a clientes, Experiência Inovadora do Turista, Atendimento a Cliente de Alta Performance e o Poder da Oratória. O objetivo do encontro foi fortalecer a imagem das empresas e potencializar o relacionamento com os clientes.
O advogado e professor Augusto Cruz, especializado em governança e consultoria ESG, primeiro a se apresentar, chamou a atenção de todos sobre como o conceito de ESG (governança ambiental, social e corporativa) está conectado ao setor de turismo e como as práticas de sustentabilidade ajudam a impulsionar os negócios. “Um dos primeiros segmentos a falar sobre sustentabilidade foi o turismo”, apontou.
O palestrante fez um retrocesso sobre o surgimento do conceito ESG e de como tomou força no ambiente corporativo no mundo, a partir de 2020. “Sustentabilidade corporativa são aqueles trabalhos que as empresas fazem que são chamados de responsabilidade social. O ESG reflete temas não financeiros mas que dizem respeito a temas materiais que impactam ao negócio positivamente”, explicou, enfatizando a importância da cadeia de valor desenvolvida pelas empresas.
A seguir, a coordenadora do Comitê de Sustentabilidade do Sebrae Bahia, Márcia Suêde Motta, falou sobre os projetos e práticas de ESG desenvolvidas pela entidade que impulsionam os negócios de micro e pequenos empreendedores, a exemplo do Sebrae ECOS – desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Salvador. “Nós assumimos esse compromisso com o Pacto Global e com a Agenda 2030 (da Organização das Nações Unidas – ONU) de não só olhar para gestão e fazer a nossa parte da governança mas também de compartilhar e de apoiar os pequenos negócios a fazerem o mesmo”, frisou.
A gestora ressaltou o compromisso do Sebrae no desenvolvimento de práticas que estão alinhadas com os seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS: 8 (trabalho decente e crescimento econômico), 10 (redução das desigualdades), 12 (consumo e produção responsáveis), 16 (paz, justiça e instituição responsáveis) e 17 (parcerias e meios de implementação) da Agenda 2030 da ONU.
Márcia Suéde relacionou, ainda, as práticas corporativas desenvolvidas pelos empresários aos ODS. “Você paga salários justos, tem conduta ética? Na sua empresa, trabalham homens e mulheres? Lá existe assédio? A empresa tem um código de ética? Você emite nota fiscal?”, questionou a coordenadora. Ela destaca que através da emissão de notas fiscais, por exemplo, o empresário paga tributos, que se transformam em benefícios à sociedade. “Isso é ter prática de governança”, explica.
A turismóloga Rejane Mira, mestre em Desenvolvimento Regional e especialista em Educação, é sócia da Cria Rumo Consultoria. A consultora falou sobre turismo de experiência e sua correlação com a sustentabilidade. Ela falou sobre a responsabilidade que o empresário tem com a sustentabilidade do local em que está instalado e com a satisfação do cliente, enfatizando a importância de se estabelecer um elo entre ambos. “Não existe turismo de experiência sem sustentabilidade”, afirma.
Durante sua apresentação, Rejane Mira ofertou exemplos de imersão de turistas nas localidades por eles visitadas, como isso os favorece a compreender a história daquela comunidade e como tal experiência agrega valor ao produto e serviço comercializado. “O lugar só é bom para o cliente se for bom para o morador”, destaca. “Se o empreendedor se propõe a uma entrega que satisfaça ao propósito de que os clientes vivenciem, conheçam e modifiquem o seu comportamento, aí sim a gente começa a falar de experiências exitosas”, comenta.
O encontro foi concluído com a apresentação do organizador e treinador de palestrantes do TEDEX Praia do Forte, Ricardo Koanuka. Criador da metodologia internacional “Speak2Inspire – palestre para inspirar”, ele possui vasta experiência em treinar líderes de empresas na arte da oratória eloquente e com autenticidade. O palestrante falou sobre o medo do julgamento de quem se vê diante da missão de falar em público e disse como é fundamental se apresentar uma oratória com emoção para impactar de forma infalível a audiência.
Koanuka questionou a plateia sobre o que mais incomoda diante da missão de ter que falar em público. Ele apontou que a maior parte dos palestrantes deixa a audiência numa postura passiva, de apenas ouvir e sinalizou que tal formato favorece a divagação de quem assiste. “Existe um muro entre todo palestrante e a audiência. A gente tem que eliminar esse obstáculo para que de fato aconteça o aprendizado. E o aprendizado só acontece se houver emoção”, ensina.
